Associação Portuguesa de Psicogerontologia

Mais idosos com botão de emergência

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Mais idosos com botão de emergência

Para combater a solidão em que vivem muitos idosos do concelho, a Câmara de Paredes avançou com um sistema de tele-assistência que permite aos idosos pedir ajuda imediata através de um mecanismo ligado à rede telefónica fixa, durante 24 horas por dia.

A ideia não é nova na região, mas o sucesso do sistema permite minorar e proteger quem vive só. Basta accionar um pequeno comando pendurado ao pescoço.

Lucinda Santos Nogueira, de 75 anos, enviuvou há oito. Não tem filhos nem outros familiares próximos. Vive sozinha na casa que o marido comprou, já lá vão muitos anos, na Rua da Liberdade, em Vandoma, Paredes. Por mais que a Junta de Freguesia ou associações de solidariedade social procurem minorar os efeitos da solidão, a idosa, ainda cheia de vida, passa as noites isolada, enfiada no pequeno cubículo. “Custa-me estar só. Precisava de alguém para estar comigo, nem que tivesse de dar a casa”, desabafa. Lucinda Nogueira foi um dos casos sinalizados pela Junta de Freguesia.

A forma encontrada pela Câmara de Paredes para facilitar a vida a centenas de pessoas, sobretudo idosas, que vivem como Lucinda, foi implementar um sistema de tele-assistência. A Autarquia contratou com duas empresas este tipo de serviço e começou a instalar pequenos equipamentos, ligados à rede pública de telefone fixo. Por 15 euros mensais que a Câmara paga às operadoras do serviço, os idosos recebem um telecomando que transportam consigo num fio pendurado ao pescoço. A qualquer hora do dia ou da noite, se o idoso se sentir mal, tiver necessidade de falar com alguém (um simples desabafo) ou porque suspeite de estranhos em redor da residência, acciona um pequeno botão e poucos minutos depois a central responde. Do outro lado do fio, uma voz amiga procura perceber o problema do idoso e acciona os meios necessários.

No caso de assaltos, a GNR é avisada; se for apenas um problema de solidão, há uma equipa de psicólogos e assistentes sociais disponíveis.

Cada equipamento custa 25 euros mensais e será integralmente suportado pela Câmara, que prevê apoiar cerca de 200 idosos. Através do simples apertar de um botão de controlo remoto (à prova de água) o utente estabelece um contacto imediato com uma central de assistência permanente – através de um intercomunicador ligado ao telefone – pronta a responder a qualquer situação de emergência.

Logo que é estabelecido contacto, o utente é reconhecido pela central de assistência, aparecendo no monitor da Central todos os dados (ficha médica individual) relativos à pessoa que originou a ligação. Consoante a emergência, a central accionará os meios: desde o envio urgente de ambulância, médicos, enfermeiros, polícia ou bombeiros ao contacto de familiares, amigos ou vizinhos para prestação de auxílio imediato. Numa primeira fase, o serviço de tele-assistência vai ser disponibilizado gratuitamente a 50 idosos do concelho, seleccionados de acordo com os recursos financeiros e índices de dependência.

Fonte: Câmara Municipal de Paredes

 

Associação Portuguesa de Psicogerontologia

A Associação Portuguesa de Psicogerontologia-APP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de âmbito nacional, dedica-se às questões biopsicológicas e sociais inerentes ao envelhecimento e às pessoas idosas, visa a promoção da dignificação, respeito, saúde, autonomia, participação e segurança das pessoas idosas, num quadro de envelhecimento ativo e de solidariedade intergeracional, e de uma sociedade mais inclusiva para todas as idades, promove novas mentalidades e combate estereótipos negativos relativamente à idade e ao envelhecimento.