Associação Portuguesa de Psicogerontologia

História familiar de Alzheimer relacionada com pressão arterial elevada

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História familiar de Alzheimer relacionada com pressão arterial elevada

De acordo com o estudo publicado nos “Archives of General Psychiatry” , os adultos de meia idade cujos pais sofrem de Alzheimer têm um risco aumentado de terem pressão arterial elevada, aterosclerose e certos marcadores de inflamação no sangue, todos eles factores que propiciam o desenvolvimento da doença de Alzheimer anos mais tarde.

Para este estudo, os investigadores da University Medical Center, em Amesterdão, Holanda, compararam factores de risco vascular e inflamatório, nomeadamente a pressão arterial elevada e os níveis de proteínas pró-inflamatórias, conhecidas como “citoquinas”, no sangue, em 206 indivíduos filhos de 92 famílias com história de doença de Alzheimer e em 200 indivíduos filhos de 97 famílias sem história desta patologia. Aos participantes foi medida a pressão arterial, foram recolhidas amostras de sangue por forma avaliar as características genéticas e os níveis de colesterol, de citoquinas e de outras substâncias inflamatórias, e foram ainda recolhidas as suas características sócio-demográficas, história médica, informações sobre a sua dieta, exercício físico e níveis de stress.

O estudo revelou que 47% dos adultos cujos pais sofriam de Alzheimer eram portadores do gene APOE ?4, conhecido por estar associado com a doença. Por seu turno, nos indivíduos sem história familiar de doença de Alzheimer, 21% eram portadores desse mesmo gene. Adicionalmente, aqueles que tinham história familiar de Alzheimer apresentaram valores elevados de pressão arterial sistólica e diastólica, sinais de doença arterial e de níveis elevados de várias citoquinas pró-inflamatórias. Contudo, outros factores de risco cardiovascular, nomeadamente níveis elevados de colesterol e glicose, não estavam associados a história familiar de Alzheimer.

Em declarações ao sítio Sciencedaily, o líder do estudo afirmou que os resultados “mostraram que a pressão arterial elevada e a presença de citoquinas pró-inflamatórias na meia-idade contribuiem significativamente para a doença de Alzheimer”. Assim, uma intervensão precoce pode ajudar na prevenção da doença de Alzheimer.

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